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Filtros de realidade aumentada: marketing divertido ou ultrapassado?
Por Izabelly Mendes
Publicado em 26/11/2025 09:48
Tecnologia

Nos últimos anos, os filtros de realidade aumentada (RA) dominaram as redes sociais, transformando selfies e vídeos em experiências criativas e interativas. De orelhinhas de cachorro a simulações realistas de produtos, eles se consolidaram como uma das ferramentas mais populares do marketing digital. Mas, diante das novas tendências tecnológicas e da evolução das plataformas, fica a pergunta: os filtros de RA ainda são uma estratégia relevante ou já perderam o brilho?

O auge dos filtros

Quando o Instagram e o Snapchat começaram a disponibilizar filtros de RA, a adesão foi imediata. Marcas perceberam o potencial de engajamento: oferecer uma experiência divertida, gratuita e altamente compartilhada. Empresas de beleza, por exemplo, criaram filtros que simulavam maquiagens e cores de batom, permitindo que consumidores testarem produtos virtualmente antes da compra. No setor de moda, óculos, bonés e roupas passaram a ser exibidos em tempo real, incentivando a experimentação digital. O mesmo ocorreu com campanhas publicitárias criativas, que usaram filtros temáticos para aumentar a proximidade com o público.

Vantagens estratégicas

Do ponto de vista do marketing, os filtros de RA têm benefícios claros. Primeiro, oferecem uma experiência imersiva que cria memórias e reforça a identidade da marca. Segundo, aumentam o alcance orgânico, já que usuários tendem a compartilhar fotos e vídeos com os filtros em seus stories, gerando propaganda espontânea. Terceiro, o custo de produção, embora não seja baixíssimo, muitas vezes é menor do que campanhas tradicionais de mídia paga. Além disso, funcionam bem para públicos jovens, altamente conectados e que buscam novidades.

O desgaste do formato

Por outro lado, o excesso de filtros acabou gerando uma saturação. Muitos usuários relatam cansaço diante da repetição de efeitos e da falta de inovação criativa. Além disso, a ascensão de novos recursos — como vídeos curtos no TikTok, lives interativas e avatares 3D — tem roubado espaço. Outro ponto é a crescente preocupação com padrões irreais de beleza. Filtros que afinam rostos, aumentam lábios ou modificam corpos têm sido alvo de críticas por reforçar inseguranças e expectativas inalcançáveis. Isso levou algumas plataformas a limitar ou revisar determinados efeitos.

Diversão ou ultrapassado?

A resposta pode estar no meio-termo. Os filtros de RA não são mais a grande novidade que já foram, mas continuam sendo eficazes quando usados com criatividade e propósito. Uma campanha que apenas “entrega um filtro bonitinho” pode não engajar tanto quanto antes. Porém, quando existe uma proposta de valor — como testar produtos, interagir com jogos digitais ou reforçar uma ação de branding — o recurso ainda cumpre um papel importante.

O futuro da RA no marketing

Com a chegada de tecnologias mais sofisticadas, como realidade mista e óculos inteligentes, os filtros podem evoluir para experiências ainda mais interativas e personalizadas. A tendência é que eles se integrem a estratégias omnichannel, conectando redes sociais, e-commerce e até eventos presenciais. Marcas que conseguirem ir além da estética superficial e criarem experiências úteis e memoráveis continuarão colhendo resultados.         Baixar video Instagram

No fim, os filtros de realidade aumentada ainda não estão ultrapassados. Eles apenas exigem mais originalidade e inteligência estratégica para se manterem relevantes em um cenário digital cada vez mais competitivo.

 

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