Atletas abdicaram das estrelas do pentacampeonato masculino e usam como motivação para título inédito da Copa do Mundo Feminina
Por Agora RN
A camisa da seleção brasileira feminina não terá referências às cinco estrelas utilizadas pela equipe masculina durante a Copa do Mundo Feminina. As mulheres abdicaram das estrelas oriundas do pentacampeonato mundial no masculino e estão dispostas a buscar o inédito título de Copa Feminina nesta edição que será realizada conjuntamente entre Austrália e Nova Zelândia.
Os motivos vão desde o crescimento do futebol feminino até a dissolução da seleção masculina, além do foco das atletas em conquistar as próprias estrelas. A CBF lançou uma campanha nas redes sociais com a hashtag “#PelaPrimeiraEstrela” justamente para assegurar o principal objetivo das Guerreiras do Brasil.
Em entrevista ao UOL, a jogadora Antonia explica que isso serve de incentivo e que chegou a hora de a seleção feminina fazer história no torneio. “Infelizmente, o Brasil não tem nenhum título, né? Mas eu acho importante a gente carregar essa história. Sem dúvida alguma é um incentivo a mais para a gente ver que não tem e colocar essa estrela no peito. Sem dúvidas, esse ano a gente vai em busca de colocar uma estrelinha aí no nosso escudo”, disse a jogadora.
A zagueira Lauren segue a mesma linha de pensamento e aposta numa boa campanha da Canarinho na competição. “As expectativas estão muito altas. Estamos nos preparando para chegar o melhor possível na Copa e conquistar o objetivo, que é o sonho de colocar a primeira estrela na camisa. Vamos entrar para ganhar, assim como em qualquer outra competição”, afirmou.
Utilização de estrelas
Na Copa Feminina de 2019, disputada na França, a CBF informou que as cinco estrelas seriam mantidas para a edição daquele ano. A confederação utilizava o álibi do pentacampeonato em qualquer circunstância, como uma forma de “registro oficial”. Algumas seleções, como os Estados Unidos, utilizam o mesmo critério, outras separam o futebol feminino do masculino —a exemplo da França.
Agora, o discurso da CBF mudou e as estrelas foram retiradas da camisa para carimbar o selo da independência da seleção feminina. Alguns pedidos das próprias atletas ajudaram na decisão da entidade e da fornecedora oficial do material esportivo, a Nike.
As comandadas de Pia Sundhage estreiam no dia 24 (numa segunda-feira), às 8h (de Brasília), contra o Panamá, no Estádio Hindmarsh. Na sequência da fase de grupos, o Brasil encara a França, no dia 29, e a Jamaica, em 2 de agosto. Os dois jogos ocorrem às 7h (também de Brasília).