Ministério da Educação encerra projeto de escolas cívico-militares
Política
Publicado em 13/07/2023

No RN, cinco escolas integravam projeto e agora vão voltar para a rede regular de ensino; todas eram da rede municipal

 

De Agora RN

 

Sob a gestão do presidente Lula (PT), o Governo Federal decidiu encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, uma das prioridades do Ministério da Educação na administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

As escolas cívico-militares têm a administração compartilhada entre militares e civis. Hoje, segundo o Ministério da Educação, há 216 unidades no País com esse modelo em 23 Estados e no Distrito Federal, que atendem 192 mil alunos.

A decisão de encerrar o programa foi tomada em conjunto pelo MEC e pelo Ministério da Defesa, e deverá ser implementada até o fim deste ano letivo, segundo ofício enviado aos secretários de Educação de todo o País.

De acordo com o documento, haverá uma desmobilização do pessoal das Forças Armadas dos colégios. O MEC pede que a transição seja feita de forma “cuidadosa” para não comprometer o “cotidiano das escolas e as conquistas de organização que foram mobilizadas pelo programa”.

De acordo com o MEC, o Rio Grande do Norte tem cinco escolas cívico-militares que integram o programa: três em Natal, uma em Parnamirim e outra em Pau dos Ferros.

Agora, o governo finaliza um decreto para revogar o Programa de Escolas cívico-militares e fixar um prazo de 30 dias para que o MEC formule regras para a transição. A medida está em revisão na Casa Civil e deve ser publicada nos próximos dias.

Não podemos acabar com algo que dá certo por questões ideológicas”, diz secretário do RN

O encerramento do programa de escolas cívico-militares, anunciado nesta quarta-feira 12 pelo Governo Federal, é criticado pelo secretário de Educação de Parnamirim, Gildásio Figueiredo. A cidade da Região Metropolitana de Natal tem uma escola integrante do projeto: a Escola Municipal Senador Carlos Alberto de Souza, localizada no bairro de Passagem de Areia.

Segundo o secretário, a implantação do projeto em Parnamirim melhorou o ambiente escolar. “A escola melhorou muito, pois os alunos modificaram o comportamento. Ficaram mais assíduos, e o funcionamento da escola melhorou. O Governo Federal pagava os monitores que são responsáveis pela organização da escola”, destaca.

Professor da rede federal de ensino, Gildásio Figueiredo critica a decisão da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de interromper o projeto. “Eu entendo que as escolas militares ou cívico-militares são muito bem avaliadas. Não podemos acabar com algo que dá certo por questões ideológicas”, enfatiza o secretário de Educação. Ele ainda reclama da conduta do governo petista: “Entre o bom e o ruim, o governo do PT prefere o ruim”.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!